A guarda fechada é um dos pilares do Jiu-Jitsu e foi responsável por mudar a lógica das lutas nos primórdios da arte suave. O que parecia uma posição defensiva revelou-se uma arma poderosa, capaz de travar o jogo e atacar com precisão.
Nas décadas de 80 e 90, lutadores como Rickson Gracie, Royce Gracie e Fabio Gurgel popularizaram o uso da guarda fechada como ponto de controle e base para finalizações letais — como o triângulo, o armlock e a guilhotina. A partir dela, construía-se todo um jogo ofensivo sem precisar se levantar ou usar força bruta.
Mais do que manter o adversário entre as pernas, a guarda fechada exige postura, quebras de base, controle de pegadas e mobilidade de quadril. Um pequeno erro do oponente pode abrir caminho para raspagens, ataques e até finalizações duplas.
Mesmo com a modernização do Jiu-Jitsu e o surgimento de guardas abertas mais dinâmicas, a guarda fechada continua sendo ensinada como base. É nela que o faixa branca aprende a se proteger, respirar, reagir e entender os conceitos de alavanca e tempo.
Quem domina bem essa posição, constrói um Jiu-Jitsu sólido. Afinal, toda construção duradoura começa por uma base estável.
Fonte: Acervo técnico de Rickson Gracie Academy e apostilas da Gracie Barra