No Jiu-Jitsu, conquistar a faixa preta é muito mais que um objetivo técnico — é uma jornada de anos, suor e transformação pessoal. Cada graduação carrega aprendizados únicos, e o tempo de caminhada entre as faixas varia conforme o empenho, a maturidade e a filosofia da academia.

O caminho tradicional até a faixa preta costuma levar entre 8 e 15 anos, podendo ser mais rápido para atletas dedicados e competidores assíduos, ou mais lento para praticantes recreativos. Diferente de outras artes marciais, o Jiu-Jitsu não adota exames padronizados. A graduação acontece por mérito e reconhecimento do professor.

As faixas de adulto seguem esta ordem: branca, azul, roxa, marrom e preta. Há ainda as faixas vermelha e coral, reservadas a mestres com décadas de contribuição à arte. No caso das crianças, o sistema é diferente e adaptado à idade.

Mais do que uma faixa na cintura, cada cor representa uma fase de autoconhecimento. A faixa azul, por exemplo, é onde muitos desistem. A roxa é onde nascem os futuros professores. A marrom é o polimento técnico. A preta é o início de um novo ciclo: o de ensinar, aprofundar e retribuir ao Jiu-Jitsu.

O tempo pode variar, mas o valor está na caminhada. Cada treino, cada queda e cada vitória fazem parte da verdadeira graduação: aquela que transforma não apenas o lutador, mas o ser humano.

Fonte: Federação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ) e entrevistas com mestres da arte suave