No último evento ONE Fight Night 38, realizado no lendário estádio Lumpinee, em Bangcoc, o veterano faixa-preta Lachlan Giles protagonizou um dos momentos mais comentados das últimas semanas ao derrotar o ícone do BJJ, Marcelo Garcia, com uma finalização inédita — já apelidada de “Lachy Lock”.
Apesar de Garcia ter mantido controle superior durante boa parte da luta, Giles adotou uma estratégia agressiva de guardas K-guard, conseguindo desestabilizar o jogo de passagem do veterano. Em um dos ataques, entrou fundo na K-guard, girou o calcanhar com pressão rotacional e concretizou a finalização. O movimento, embora próximo de uma kneebar, foi descrito pelo próprio Giles como uma versão modificada de uma finalização famosa usada pelo competidor Mikey Musumeci.
“Não era uma kneebar — era uma leg-lock rotacional. A perna está posicionada diferente, o pé está no meu peito”, comentou Giles após o triunfo. Ele revelou que voltou da aposentadoria apenas para esse confronto e planeja retomar sua carreira de instrutor após o combate. Para muitos fãs e especialistas, encerrar a trajetória com uma finalização tão criativa e eficaz representa o “adeus perfeito” de um atleta de alto nível.
Com 42 anos e vindo de uma longa pausa competitiva — marcada por superação de uma doença grave — Garcia trazia consigo o peso de uma era à parte no BJJ: multicampeão e uma lenda viva do esporte. A vitória de Giles simboliza não apenas a ascensão de técnicas modernas de leg-lock, mas também um momento de transição geracional no grappling mundial.
Independentemente da sua posição no tatame, o “Lachy Lock” já se tornou um movimento viral entre praticantes e fãs — sendo debatido nas redes, em academias e nas rodas de especialistas. Muitos já apontam que ele pode influenciar novas gerações e mudar o metagame das competições de alto nível.
Fonte: MMA Mania (relato da luta e comentários de Giles)