Durante muito tempo vista como uma posição de defesa, a meia-guarda evoluiu para uma das armas mais perigosas do Jiu-Jitsu moderno. Usada por nomes como Bernardo Faria, Lucas Leite e Rodolfo Vieira, ela se tornou ferramenta de controle, raspagem e até finalização.
A meia-guarda clássica surgiu como alternativa ao domínio por cima. O praticante que está por baixo prende uma das pernas do oponente e impede sua progressão. Com o tempo, variações surgiram: meia invertida, deep half, lapela half, Z-guard e até meia de joelhos. Cada versão traz possibilidades e riscos distintos.
O segredo da meia-guarda está no timing e na base. Quem joga bem nela sabe movimentar o quadril com precisão, controlar o peso do adversário e criar ângulos para levantar, raspar ou atacar. Mesmo contra passadores fortes, uma boa meia-guarda consegue travar o jogo e virar a luta.
Hoje, é comum ver competidores de elite usando a meia não apenas para se defender, mas como plataforma para entrar em single leg, atacar leg locks, entrar em berimbolo ou virar de costas. É uma posição que exige paciência, mas oferece domínio total se bem aplicada.
Para quem está começando, a meia-guarda ensina fundamentos de alavanca, conexão e persistência. E para os avançados, é um portal para estratégias de alto nível.
Fonte: BJJ Fanatics, canal de Bernardo Faria e seminários da Atos