Não importa se você é faixa branca, azul, marrom ou preta: aquela sensação de “não estou pronto ainda” vai continuar aparecendo. Antes do campeonato, antes da faixa nova, antes de um rola com alguém duro. A dúvida vem — e tudo bem.

Sentir que não está pronto não é fraqueza. É sinal de que você está se desafiando. O conforto só aparece quando você se limita ao que já domina. Mas o Jiu-Jitsu ensina justamente o oposto: se colocar em situações desconfortáveis para crescer.

Muitos esperam estar “100% prontos” para competir, ensinar, trocar uma ideia com o professor ou tentar uma posição nova. Mas esse momento nunca chega. O corpo estará cansado. A mente vai duvidar. A comparação com os outros vai pesar. E mesmo assim, é nesse cenário que o verdadeiro progresso acontece.

No tatame, você não precisa estar perfeito para fazer o seu melhor. Precisa estar presente, disposto e comprometido. A evolução vem quando você age, mesmo com medo. Quando você tenta, mesmo sem garantia de acerto. Quando você continua, mesmo falhando.

Você nunca vai se sentir pronto. Mas o tatame te mostra, com o tempo, que estar pronto nunca foi o que importava. O que importa é continuar indo, dia após dia. O resto vem.

Fonte: Entrevistas com professores da Alliance, conteúdo de coaching esportivo no BJJ Fanatics e relatos de atletas amadores e profissionais